Doméstica envolvida na morte do patrão é absolvida
Promotoria sustentou a acusação que a ré participou do homicídio
A empregada doméstica Leiliane da Silva Cutrin, conhecida por Leila, foi absolvida pelo conselho de sentença do 1º Tribunal do Júri de Belém, sob a presidência do juiz Edmar Silva Pereira. A mulher foi acusada de ser participe da morte do advogado Luigi Vasconcelos Freire, 37 anos, assassinado no interior de sua residência localizada no bairro de Nazaré.
Este foi o segundo júri que Leiliane Cutrin enfrenta pela acusação de participar do homicídio. No primeiro julgamento, a ré foi absolvida por negativa de participação, mas, o júri foi anulado em instância superior, a pedido da promotoria.
A defesa da ré contou com os defensores públicos Alex Noronha e Domingos Lopes Pereira. A tese defensiva foi de negativa de participação, tendo os defensores requerido aos jurados a absolvição da mulher.
Entre as testemunhas, estava a mãe da vitima, Lucíola Vasconcelos Freire. Ela afirmou ter ouvido um barulho na parte térrea de sua casa e, ao descer, foi rendida por um dos comparsas, que também rendeu o pai da vítima. Em outro cômodo da casa, na cozinha, a vitima foi atingida na cabeça, com dois disparos de arma de fogo. Mesmo socorrido em pouco minutos após ser baleado o advogado chegou sem vida ao hospital.
A mãe da vítima acusou a ex-empregada de ser mandante do crime. A testemunha relatou que a empregada estava há sete meses trabalhando para a familia. Luciola Freire declarou que a ré contou com ajuda do companheiro, pessoa violenta e com antecedentes criminais, para matar a vítima, facilitando o acesso à casa e ao local onde a vitima estava, na cozinha, nos preparativos do almoço de domingo .
Em interrogatório prestado no júri, a ré confessou que seu companheiro decidiu dar "um corretivo", "uma surra", no advogado que frequentemente costumava humilhar a doméstica e lhe chamar de "preta pobre" além de outros adjetivos depreciativos.
A ré contou que a vítima ficava alcoolizada e sob efeito de drogas, e que um dia antes do crime chegou a lhe agredir fisicamente, mas, nunca denunciou o assédio, "por necessidade de trabalhar e era bem paga pelos patrões, pais da vitima".
O crime
O advogado Luigi Vasconcelos Freire foi morto a tiros por volta das 7h, 15 de setembro de 2013, no interior da própria residência, localizada na travessa Doutor Moraes, em Nazaré, Belém.
Dois indivíduos entraram na casa e renderam Luiz Carlos Horácio Freire Filho, de 68 anos, pai de Luigi, que tentou defender o filho e acabou também baleado.
Na fuga, um dos executores do crime deixou cair o telefone celular no local do crime, o que levou a Polícia a chegar aos participantes, sendo um deles casado com a ré, que prestava serviços de empregada doméstica na casa da vítima.
Dois homens invadiram a residência da família e atiram contra o advogado atingindo-o na cabeça. O pai de Luigi ao reagir levou um na perna e outro no braço. Após o crime, os suspeitos fugiram sem levar nada da casa.
Dois meses depois, os acusados foram presos no município de Tucumã, no sudeste do Pará. O companheiro de Leiliane e outro suspeito de ter ajudado no crime foram presos e um mês depois foram colocados em liberdade e logo após foram assassinados.
FONTE: TJ-PA
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